VISÃO IGREJA BATISTA NACIONAL DE GIRUÁ

Edificar templos de sacrifício vivo, santo e agradável a Deus tornando cada lar uma extensão da igreja e cada família um altar da presença do Pai, produzindo o crescimento do Corpo pela multiplicação de cada célula através do poder do Espírito Santo.

PARA REFLETIR

NÃO IMPORTA O QUANTO VOCÊ TEM DE DEUS, MAS O QUANTO DEUS TEM DE VOCÊ!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A Religião e os Desafios Contemporâneos

Temos vivido como igreja momentos muito significativos em relação à recepção do Evangelho atualmente. Desfrutamos da política “da boa vizinhança” denominacional e governamental. Conquistamos o respeito através da música que se tornou um gênero reconhecido mundialmente como “gospel”. E temos tido grandes espaços nos meios de comunicação como radio e TV, não só nos programas evangélicos, mas nos seculares de grande expressão. Para alguns este momento tem sido o ápice da história cristã. O Reino de Deus sendo estabelecido.

No serviço militar é ensinado que as grandes estratégias acontecem no silêncio. No Caso da igreja é no silencio da oração. Já aprendemos isso na história com os morávios que por cem anos ininterruptos de oração precederam grandes movimentos como a reforma, e sou enfático a dizer que até hoje colhemos os frutos de suas preciosas orações. Contudo não contemplo hoje uma igreja estrategista e silenciosa, ou seja, uma igreja de oração. O que vejo são líderes numa tentativa de cada vez mais expandir sua denominação sobre o pretexto de anunciar o Evangelho. E neste processo contemplo uma igreja como no período de Constantino onde é legal e moderno ser crente não necessitando mudanças radicais. Um verdadeiro barateamento da graça como se gritássemos “venha como estás e permaneça!”

Neste cenário vejo sim uma grande estratégia. Mentes cauterizadas acreditando que tudo está bom como está. Distorcendo textos de Paulo e “enchendo a boca” para dizer: o que importa é que o Evangelho seja pregado. E para tal usam de expressões teologicamente erronias enfatizando apenas a bondade de Deus e enfatizando o conceito de que “Deus é o mesmo” para tentar ganhar alguns. Com isso a racionalização e o relativismo têm entrado na igreja misturada com conceitos filosóficos e místicos. E sorrateiramente a igreja imerge na maior e mais silenciosa estratégia de Satanás, a tentativa de unificar todas as religiões.

Neste contexto encontra-se o ecumenismo. O termo é antigo e a tentativa ecumênica também. Alguém pode dizer que não se pode generalizar e atribuir o ecumenismo a Satanás como sua estratégia, pois os primeiros manifestos ecumênicos exigiam mesma fé cristocêntrica. É por isso que chamo de estratégia. Estratégia não é imediata, pelo contrario pode levar muito tempo até chegar onde se quer. É como um jogo de xadrez pode demorar tempo, mas cedo ou tarde colocara o adversário em cheque, neste caso a igreja.

Na verdade o cheque já foi dado com o diálogo ecumênico inter-religioso. Costumo chamar esta tentativa de “ecumenismo progressista”, onde evangélicos, macumbeiros e espíritas, num futuro bem próximo, sentarão numa roda de chimarrão (contexto gaúcho para comunhão) para compartilhar o que “Deus tem feito” em suas vidas. Perdoe-me a indignação, mas isso é ridículo, absurdo e intolerável! Como podemos aceitar que alguém diga que o nosso Deus é o mesmo Deus que aceita a necromancia praticada pelo espírita e que Ele é complacente com o canibalismo e a zoofilia praticada pela umbanda e candomblé? Talvez seja difícil acreditar, mas a estratégia de satanás é: “primeiro comungar, e depois anular”, pois ele já percebeu que a perseguição ferrenha de outrora só contribuiu para o crescimento do evangelho.

Alguém, no entanto pode dizer: mas é apenas um diálogo, uma convivência fraterna e amigável inter-religioso. Diálogo só ocorre com interação mútua. Entretanto o que temos observado é um monologo onde a igreja evangélica senta atônita para escutar os absurdos de um pluralismo eclesiástico “alcunhada de cristãos” impregnada pela devassidão e subversão moral de uma sociedade infecta e nociva, mas predominante nesse século. É mais que um monólogo é uma ditadura subversiva enclausurista sem direito a réplica que se encaminha para um cheque-mate de satanás as verdades bíblicas e anulação da ação da igreja na sociedade.

No dia 25 de junho de 2008, houve o primeiro manifesto do povo evangélico no palácio do planalto demonstrando a posição da igreja com um projeto de lei que eleva os direitos de um determinado grupo em detrimento de outro, privando de intervenções externas (PLC 122 – 2006). Sendo qualquer posicionamento contrário denominado “preconceito”, “homofobia”, sendo passivo de prisão. Este grupo já possui até igrejas próprias e conquistaram por lei em maio de 2011 o direito de união estável, mas desejam mais. Nesse contexto será que não cabe uma lei que puna a “heterofobia”, ou melhor, a “teofobia” ,ou ainda, a “bibliofobia”? Será que esse novo grupo irá se eximir do direito ecumênico? O ecumenismo em si, declara uma luta pela igualdade ideológica na pluralidade religiosa. Imagine que duras penas a igreja vai enfrentar se esse projeto for aprovado na integra? A dificuldade não será o fato de ser religioso. Não será a convivência. O grande desafio será o de ser Bíblico nesta situação. Isso é preconceito? De forma alguma! Só se for contra o direito da igreja de viver conforme a Bíblia ensina. 

Até quando o calar demonstra maturidade num diálogo ecumênico? Precisaremos ter muito discernimento e sabedoria para convivermos com vários tipos de religião, tendo que em tese “aceitar” suas teorias. A questão é complexa, pois segundo o dito popular quem cala consente. Se em respeito à opinião de outrem eu devo me calar, ou seja, não posso dizer-lhe a verdade expressa na Bíblia o diálogo não existe, anulou-se o efeito da Cruz. Anulou-se o Verdadeiro Cristianismo. Ou nós vivemos os efeitos da cruz, ou nossa vida será como se a cruz não tivesse tido efeitos! Os princípios de Jesus Cristo devem ser claramente expostos independente da opinião da sociedade. Pois Jesus disse: "santifica-os na verdade, tua Palavra é a verdade!"

Se respeitar é ser conivente com o que a Bíblia declara ser pecado sem possibilidade de expressão contrária, creio que a verdadeira igreja está condenada a passar seus últimos dias na prisão como a igreja primitiva muitas vezes passou. O papel do Espírito Santo é nos dar poder para sermos “testemunhas”, palavra que no original grego quer dizer mártir, aquele que morre por sua crença. Se não fosse com esse intuito não haveria necessidade de termos “poder” para testemunhar.

Desculpem-me sociólogos, psicólogos, filósofos, pedagogos e até mesmo alguns teólogos, mas o diálogo inter-religioso que traz efeito a sociedade se resume em uma palavra: JESUS, ontem, hoje e eternamente! E Ele não nos fez para sermos apáticos. Sua ordenança antes de ascender aos céus, não foi indo fazei “amigos”, pelo contrário fazei “discípulos” e isto implica e ter a mesma fé, não subjetiva, não teórica apenas, mas prática. Isto exige em ser como Ele é em todos os aspectos da vida humana. Esse é o grande desafio não só da nossa religião, mas do cristão contemporâneo.

Deus abençoe sua vida!