VISÃO IGREJA BATISTA NACIONAL DE GIRUÁ

Edificar templos de sacrifício vivo, santo e agradável a Deus tornando cada lar uma extensão da igreja e cada família um altar da presença do Pai, produzindo o crescimento do Corpo pela multiplicação de cada célula através do poder do Espírito Santo.

PARA REFLETIR

NÃO IMPORTA O QUANTO VOCÊ TEM DE DEUS, MAS O QUANTO DEUS TEM DE VOCÊ!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Os Princípios Batistas e sua Importância para Denominação

Escrever sobre nossos princípios doutrinários é algo extremamente relevante em nosso tempo. Ultimamente, mais e mais pessoas têm “abraçado” a fé, sem, contudo “abraçar” o autor e consumador da mesma, Jesus Cristo. Devido a isso, vivenciamos uma igreja onde seus membros são levados por qualquer vento de doutrina, não podendo desta forma, estruturar um corpo unido e sadio. Conhecer os princípios doutrinários que regem a denominação torna-se indubitavelmente necessário, não por questões partidárias, mas por lealdade ao local onde Deus nos designou para darmos frutos e conhecermos sua vontade.
Os Batistas possuem em seu livro doutrinário, pacto e comunhão, cinco princípios: a autoridade, o indivíduo, a vida cristã, a igreja e, a nossa tarefa contínua, cada qual subdividido em temas explicativos totalizando vinte seis itens. Temos em mãos um compendio doutrinário significativo, mas infelizmente ignorado por noventa por cento dos nossos membros. Em cada igreja que sou convidado a ministrar a Palavra de Deus costumo perguntar aos membros porque eles escolheram ser batistas, e as respostas são sempre as mesmas: meu avô, meu pai eram batistas e eu também sou. Contudo, o que é mais estarrecedor é quando pergunto se alguém já leu os princípios batistas e muitos confessam desconhecer sua existência.
Quero discorrer nesta reflexão sobre a necessidade eminente de restaurarmos nossa identidade. Pois o desconhecimento de princípios básicos que regem nossa fé revela o quão insólita é a pragmática bíblica de nossa mebresia, o que acarreta em oscilações contínuas em nossas igrejas. Para tanto, quero me ater no princípio de autoridade, que creio ser este a base argumentativa de toda a nossa fé independente do paradigma denominacional, mas que na atual circunstância será usado como alicerce dos princípios batistas.
O princípio de autoridade batista define em seu primeiro aspecto Cristo como o Senhor e a fonte máxima de autoridade cristã. Dela provem a integridade do propósito cristão, bem como sua dedicação, motivação e lealdade. A compreensão deste princípio nos leva a obediência aos mandamentos de Cristo, que são intrinsecamente exigidos pelo seu senhorio. Este entendimento revela ao cristão que não é a sua vontade que deve ser estabelecida, mas a do seu Senhor. Quando entendemos isso muitas intrigas são evitadas na igreja e o Reino de Deus é estabelecido, pois toda a esfera da vida está sujeita a soberania de Jesus.
Outro aspecto da autoridade abordada pelos princípios batistas é a Bíblia como suprema regra de fé e prática, por ser a palavra de Deus. O cristão ciente disso e praticante desta verdade possui clareza no seu andar, pois está firmado na palavra de Deus. Ele não corre perigo de ser confundido por teorias e filosofias humanas, pois seus olhos e seu coração estão fitos na verdade que é Palavra. Este princípio precisa ser disseminado na igreja, pois muitos neófitos se abarcam com literaturas diversas, denominadas cristãs e esquecem de viver a simplicidade do evangelho gerando dissensões entre os membros e até mesmo divisões.
Creio que esse aspecto que mencionarei agora seja o maior gerador de discórdias no seio da igreja. O Espírito Santo. Ele é o fator elementar da autoridade, pois Ele é o próprio Deus. Contudo a ignorância a respeito deste princípio tem dividido a igreja brasileira por muitos anos. Aquele que é o maior elo de comunhão, o Parácleto, o Outro da mesma espécie, que não apenas sustentou o ministério de Jesus, mas que sustenta até hoje através de sua pessoa a promessa de Cristo de estar conosco todos os dias até a consumação dos séculos. Ele precisa ser conhecido, ensinado e experimentado pelos membros da igreja para que não nasça o desejo de buscar em outras fontes aquilo que temos em abundância. Este é um dos motivos de grande “intercâmbio” de membresia entre as igrejas hoje alegando a busca de mais “poder”. Espírito Santo é a pessoa que interpreta a autoridade Divina e nos revela, devemos amá-lo e nos relacionarmos com Ele. 
O conhecimento doutrinário da nossa denominação nos leva a estabilidade e maturidade cristã. Ele nos faz contemplar o desejo divino, de que seja preparada uma igreja santa e gloriosa sem ruga e sem mácula para sua vinda. Ele nos separa de discussões tolas e infundadas, para que venhamos ocupar nosso tempo com aspetos relevantes do Reino de Deus, sem ser levados por falatórios que com astúcia nos conduzem ao erro. Que nossa denominação dissemine seus princípios, não com o desejo de refutar outros, mas de fornecer subsídios fundados na palavra de Deus para seus membros, para que cresçamos em tudo naquele que é o cabeça Cristo Jesus.
 Pr. Agnaldo Felipe


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